terça-feira, 2 de agosto de 2011

Chop suey - ou "o mundo é uma salada russa"

Vou tentar escrever um post rápido: eu sempre levo horas e por isso nunca atualizo o blog! Mesmo assim, não consigo escrever direto aqui, sempre tenho que passar pelo editor de texto antes, enfim, manias... Hoje fiz “Chop Suey”, um prato da cozinha chinesa, mas que alguns dizem que não é da China coisa nenhuma e foi criado nos restaurantes de comida chinesa nos Estados Unidos, por imigrantes chineses. Não tenho fontes confiáveis, só dei uma olhadinha rápida em alguns sites (para uma quase bibliotecária, fontes confiáveis são imprescindíveis!), mas não importa, trata-se de um picadinho de legumes e carne, com molho shoyu.

Existem várias receitas diferentes, onde os ingredientes variam bastante, mas gostei da receita deste site: http://mundodesabores.com.br/receitas/chop-suey, então não vou repetir aqui. Essa receita é flexível, pode-se usar carne vermelha, frango ou camarão, e até mesmo todos juntos. No modo de preparar a cenoura foi esquecida, então refoguei junto com a ervilha, mas tanto faz, o importante é refogar os legumes separados pra que não cozinhem demais. Rende muito! Fiz a foto do molho, depois acrescentei massa espaguete, ficou ótimo, mas acabou a pilha da câmera e não tenho foto com a massa. Também pode ser servido com arroz.

Fonte: elaborado pela autora

Agora vou contar por que resolvi fazer essa receita. Estava estudando, lendo o livro “Por que estudar a mídia?”, do Roger Silverstone, Editora Loyola. Como ele faz várias referências a coisas e fatos ocorridos há algum tempo, costumo consultar o Google pra ter certeza do que ele está falando. No capítulo “Globo”, onde ele trata da globalização, falando da mistura de culturas ele menciona o chop suey. Achei que era uma comida, mas não lembrava qual e resolvi olhar: quem resiste a fotos de receitas? Eu não! Para o autor:
[...] As culturas híbridas que se formam tanto no centro como na periferia do sistema mundial, culturas ainda significativamente moldadas por políticas culturais nacionais, aparecem em todos os níveis. E nós, pois essas são nossas culturas, nos confrontamos com uma constante interação de identidade e diferença. Num minuto Diet Coke, no outro chop suey. (SILVERSTONE, 2005, p. 204-205).
No caso da minha janta foi realmente uma hibridização de culturas, pois a carne era a que tinha sobrado do churrasco do final de semana, sabe aquele pedaço que não assa muito bem e fica vermelho por dentro: vai picadinho pra panela. E não tomamos Diet Coke, mas vinho da Serra Gaúcha. Mais híbrido impossível! E pra terminar, uma salada russa: “O mundo”, composição do André Abujanra, com Ney Matogrosso e Pedro Luis e a Parede.


Referência:
SILVERSTONE, Roger. Por que estudar a mídia? 2. ed. São Paulo: Loyola, 2005.

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