quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Concentração, por favor!

Fonte: Blog Mundo de Melany link

Pronto. Fazer o quê, vou escrever um post! Não consigo me concentrar na leitura de jeito nenhum... Tudo bem que a minha rua está um tumulto, passando muito mais carros do que o normal e até algumas linhas de ônibus, por causa dos desvios em função de obras aqui perto; tudo bem que estou em obras aqui em casa também, três pessoas trabalhando na cozinha e eu tentando ler aqui no quarto; tudo bem que estou no quarto ao invés de ficar no escritório (interditado pela obra), onde a cadeira é mais apropriada pra ler do que a aqui, na cama; tudo bem que agora de tarde está fazendo um calorão e que hoje de manhã estava fazendo muito frio e que, para quem tem alergia à troca de temperatura, isso é um problema; tudo bem que eu não almocei (sopa instantânea não pode ser considerada almoço!) e provavelmente não vou jantar, porque a cozinha vai continuar interditada por mais dois dias; tudo bem que por isso não posso sequer passar um café (esse talvez seja o pior de todos os problemas!), nem fazer um chá, nem um chimarrão; tudo bem que eu não consigo ver um e-mail e deixar pra responder outra hora, a caixa tem que estar lida e respondida; mas eu tinha, eu tenho, eu precisava muito, eu preciso muito, eu tenho que me concentrar, de algum modo, vou ter que descobrir um jeito, inventar uma maneira de me concentrar na leitura do quarto livro de uma lista de seis. Pode ser que exorcizando os demônios aqui no blog agora eu consiga, afinal de contas a gente tem blog pra quê!

Fonte: Blog CaDerno CooLinário link

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Museu do Café

Hoje conheci o site do Museu do Café e achei que um post sobre ele aqui no Café de Quinta não seria má idéia. O Museu fica na cidade de Santos, em São Paulo (Brasil), no Palácio do Café, que abrigava a Bolsa Oficial do Café:
Inaugurada em 1922 para centralizar, organizar e controlar as operações do mercado cafeeiro, na época a principal fonte de riqueza do país, a Bolsa Oficial de Café, em Santos, traduzia-se como arquitetura típica do ecletismo que caracterizou as mais importantes obras do período. (MUSEU DO CAFÉ, c2005, online).

Fonte: Site do Museu do Café

O prédio foi restaurado para sediar o Museu, cujo processo de musealização foi desenvolvido pela Profa. Maria Cristina de Oliveira Bruno, do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo. O objetivo é apresentar a memória do comércio de café que ocorreu na cidade de Santos. O Palácio abriga também uma livraria (dedicada à venda de livros sobre o universo do café, além de livros de arte), uma loja de souvenirs (camisetas, posters, bolsas) e, é claro, uma cafeteria, que serve mais de 450 cafés por dia. 

Fonte: Site do Museu do Café

Ainda possui um Centro de Informação e Documentação (CID), inaugurado em 2009, cuja base de dados pode ser pesquisada online (clique aqui).

Centro de Informação e Documentação
Fonte: Site do Museu do Café

Além de promover cursos de barista, disponibiliza um pequeno guia sobre os modos de preparo do café para cada ponto de moagem, disponível online: http://www.museudocafe.com.br/noticias/files/preparo_do_cafe.pdf.

Curso de Barista
Fonte: Site do Museu do Café

Prédio histórico, livros sobre café, centro de documentação, livros de arte, bolsas, posters e café... muitos cafés! Deve ser a filial do paraíso, não?

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Chop suey - ou "o mundo é uma salada russa"

Vou tentar escrever um post rápido: eu sempre levo horas e por isso nunca atualizo o blog! Mesmo assim, não consigo escrever direto aqui, sempre tenho que passar pelo editor de texto antes, enfim, manias... Hoje fiz “Chop Suey”, um prato da cozinha chinesa, mas que alguns dizem que não é da China coisa nenhuma e foi criado nos restaurantes de comida chinesa nos Estados Unidos, por imigrantes chineses. Não tenho fontes confiáveis, só dei uma olhadinha rápida em alguns sites (para uma quase bibliotecária, fontes confiáveis são imprescindíveis!), mas não importa, trata-se de um picadinho de legumes e carne, com molho shoyu.

Existem várias receitas diferentes, onde os ingredientes variam bastante, mas gostei da receita deste site: http://mundodesabores.com.br/receitas/chop-suey, então não vou repetir aqui. Essa receita é flexível, pode-se usar carne vermelha, frango ou camarão, e até mesmo todos juntos. No modo de preparar a cenoura foi esquecida, então refoguei junto com a ervilha, mas tanto faz, o importante é refogar os legumes separados pra que não cozinhem demais. Rende muito! Fiz a foto do molho, depois acrescentei massa espaguete, ficou ótimo, mas acabou a pilha da câmera e não tenho foto com a massa. Também pode ser servido com arroz.

Fonte: elaborado pela autora

Agora vou contar por que resolvi fazer essa receita. Estava estudando, lendo o livro “Por que estudar a mídia?”, do Roger Silverstone, Editora Loyola. Como ele faz várias referências a coisas e fatos ocorridos há algum tempo, costumo consultar o Google pra ter certeza do que ele está falando. No capítulo “Globo”, onde ele trata da globalização, falando da mistura de culturas ele menciona o chop suey. Achei que era uma comida, mas não lembrava qual e resolvi olhar: quem resiste a fotos de receitas? Eu não! Para o autor:
[...] As culturas híbridas que se formam tanto no centro como na periferia do sistema mundial, culturas ainda significativamente moldadas por políticas culturais nacionais, aparecem em todos os níveis. E nós, pois essas são nossas culturas, nos confrontamos com uma constante interação de identidade e diferença. Num minuto Diet Coke, no outro chop suey. (SILVERSTONE, 2005, p. 204-205).
No caso da minha janta foi realmente uma hibridização de culturas, pois a carne era a que tinha sobrado do churrasco do final de semana, sabe aquele pedaço que não assa muito bem e fica vermelho por dentro: vai picadinho pra panela. E não tomamos Diet Coke, mas vinho da Serra Gaúcha. Mais híbrido impossível! E pra terminar, uma salada russa: “O mundo”, composição do André Abujanra, com Ney Matogrosso e Pedro Luis e a Parede.


Referência:
SILVERSTONE, Roger. Por que estudar a mídia? 2. ed. São Paulo: Loyola, 2005.