quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Chic a valer

Há um tempão que não faço um postzinho pra esse blog abandonado... Mas, voilà, o primeiro post do ano! (Aproveitando: um super 2011 pra todo mundo!) Tenho alguns posts pela metade, mas a correria da faculdade no final do semestre passado não me deixou tempo de atualizar o blog. E agora que estou de férias, parece que a cabeça fica tão vazia que também não é possível concluir nada... Hoje de tarde, porém, recebi uma carta de uma prima que mora longe, longe, e adorei! Sim, uma carta, escrita à mão, em papel pautado, próprio para cartas, caligrafia perfeita, linda! Chic a valer!

A expressão que dá nome ao post é usada na obra “Os Maias” (1888), do escritor português Eça de Queirós (1845 – 1900), que já caiu em domínio público e pode ser lida aqui. Há também uma minissérie, adaptação feita por Maria Adelaide Amaral, que junta “Os Maias” com “A Relíquia”, do mesmo autor (tem no YouTube). A obra retrata os costumes da sociedade de Lisboa da época, contando a história de três gerações da família Maia: o avô, Afonso da Maia, o pai, Pedro da Maia e o filho, Carlos Eduardo da Maia (Le Docteur ou Doctor Maia). O livro é imenso, mas ainda maior é o prazer de ler, é ótimo: recomendado, recomendadíssimo (o superlativo também era bastante usado à época, como poderá observar quem se dispuser a ler, especialmente pelo personagem João da Ega, de longe o meu preferido)! Outro personagem ótimo e hilário é o Dâmaso Salcede, ele é quem mais usa o “chic a valer”, pois é essa sua maior preocupação.

Pensei imediatamente na expressão quando li a carta porque receber cartas agora é coisa inusitada, motivo de felicidade, um luxo, “chic a valer”, é sim, é para poucos: quem lembra da última vez que recebeu uma carta? Eu lembro, antes da de hoje, claro, foi um cartão de Natal, enviado por uma tia (qualquer semelhança não é mera coincidência, pois é a mãe da prima que enviou a carta!). E agora o supra sumo do chic: sabendo que gosto de fazer bolos, além das belíssimas duas páginas manuscritas, a moça me envia uma receita de Muffins de Banana, numa ficha própria para receitas, que compartilho aqui (o modo de fazer veio no verso, que está assinado e não vou escanear, quando testar a receita publico em outro post):


Très chic!!!

2 comentários:

  1. Oi Ju!
    Adorei saber que minha cartinha gerou felicidade. Eu amo cartas, então entendo bem o estranhamento de ver aquele envelope diferente junto a tantas correspondências "normais". Logo depois de perceber que a carta é mesmo pra gente um sorriso toma conta do rosto, não é? Mas olha, a caligrafia perfeita só em cartas mesmo, as minha anotações diárias são bem diferentes. E como eu sei que minha letra normal não é legível, eu capricho quando é para outra pessoa. Só pra teres uma idéia, ontem quando mostrei o teu post com o cartão da receita pro Edu ele elogiou a letra e chegou a brincar comigo perguntando quando eu tinha aprendido a escrever... Fiquei feliz de fazer parte do teu blog, vou mostrar pra mãe, tenho certeza de que ela também vai ficar.
    Ah, a receita fica uma delícia, fiz na semana passada. Os bolinhos quentinhos com um chá são perfeitos!
    Beijos enormes!
    Ila

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  2. Oi Ila!
    Que bom que gostou! É mesmo, em tempos de correspondências virtuais, a gente só recebe chatices pelo correio, mas ainda bem que existem pessoas tão queridas capazes de coisas legais e inusitadas para alegrar a vida da gente! Tomara que a "Tia Leti" também goste!
    Hahaha, até o Edu estranhou a letra, quero ver a dele como é!
    Hum, agora deu mais vontade ainda de testar a receita! Vou fazer pra comemorar o final da pintura da sala, depois te conto!
    Beijocas pra vocês!
    Ju

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